30 de mai. de 2012
Titanium.
As gotas de chuva geladas aos poucos esfriavam o calor da sua pele. Olhos fixos no caminho obscuro. Palavras eram interruptamente balbuciadas por aqueles lábios pálidos como um fim de luar. Mãos trêmulas e inquietas gesticulavam coisas estranhas. Por dentro, sangrava de uma maneira tão intensa, que podia sentir sua alma lentamente esvaindo-se. Aos poucos as feridas iam abrindo-se. Mal dera tempo de cicatrizar. Mas, dessa vez doía de um jeito, que jamais doera antes. Era como se estivessem rasgando-a ao meio. Seus passos em direção ao nada intrigavam os olhos de quem observava. Cada centímetro da sua pele havia o perfume dele; havia um punhado de lembranças cravadas. Em cada gota de chuva, um velho sorriso parecia ecoar. Continuava avançando na direção da escuridão, com um ardor da chegada. Suas pernas, guiadas por aquilo que um dia chegou a ser um coração, insistiam em parar, mas seu corpo, de alguma forma precisava chegar lá. Só ela sabia a onde deveria chegaria, só ela saberia quando chegaria.
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Dói reconhecer uma dor que não se pode medir, mas que com o tempo se esvai... Fica o vazio, a saudade (e que saudade), mas um dia há de passar.
ResponderExcluirWelcome to the Jungle ???
ResponderExcluirUm pouquinho disso e outras neh?
Fico muitoo bom parabens pelo texto ^^