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29 de fev. de 2012

Hoje eu escrevo-te. Escrevo-te para dizer que eu descobri como sobreviver a tua ausência injustificada, que eu aprendi a conviver a tua indiferença e a esse teu olhar fulminante que lateja em fúria e ternura.
Hoje eu apenas gostaria de dizer, que apesar dos pedaços que levastes de mim, eu sobrevivo a cada amanhecer que acordo na solidão deste quarto, onde esses lençóis exalam o perfume do teu corpo; e que o teu toque gelado, ainda que em breve pensamento, arrepia-me como se fosse consumado por tuas impetuosas mãos.
Hoje, só por um segundo, eu consegui esquecer o doce sabor amargo dos seus beijos, que misturados ao meu café, traziam-me as lembranças das noites de verão. E o vento, não trouxe-me o toque macio dos seus cabelos em minha pele, quando deitada em meu colo, repetia intensamente as mesmas velhas canções.
Porém hoje, em momento de extrema insanidade, eu deparei-me com algo tão engraçado, quando as cores do velho horizonte. Hoje eu sei, que quando você ligar-me assustada ou confusa, amedrontada pela fúnebre e imperdoável madrugada, meu coração involuntariamente far-me-á atender-te; e todas as mágoas que um dia causas-te a esse coração esvair-se-ão e ao teu chamado eu irei correr... Correr ao teu encontro, para proteger-te do monstro chamado... Vida.

4 comentários:

  1. Acho que o coração acaba sempre mandando na gente né?

    Mas se for por um minuto a mais feliz, vale a pena..

    Adorei o seu texto.. completamente lindo! O final é simplesmente ótimo! =)

    #verdade!

    bjoo

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  2. simplesmente perfeito ! quero lhe fazer uma pergunta .. o que te levou a escrever esse texto ? responda se quiser, claro. um abraço .


    www.lugardistante.blogspot.com

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    Respostas
    1. Olá. Primeiramente obrigado pela visita.

      A ideia surgiu depois de uma discussão. Uma briga que eu achei que mudaria alguns sentimentos. Mas, lá no fundo, percebi que aquilo que sinto tornou-se imutável.

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