Hoje eu escrevo-te. Escrevo-te para dizer que eu descobri como sobreviver a tua ausência injustificada, que eu aprendi a conviver a tua indiferença e a esse teu olhar fulminante que lateja em fúria e ternura.
Hoje eu apenas gostaria de dizer, que apesar dos pedaços que levastes de mim, eu sobrevivo a cada amanhecer que acordo na solidão deste quarto, onde esses lençóis exalam o perfume do teu corpo; e que o teu toque gelado, ainda que em breve pensamento, arrepia-me como se fosse consumado por tuas impetuosas mãos.
Hoje, só por um segundo, eu consegui esquecer o doce sabor amargo dos seus beijos, que misturados ao meu café, traziam-me as lembranças das noites de verão. E o vento, não trouxe-me o toque macio dos seus cabelos em minha pele, quando deitada em meu colo, repetia intensamente as mesmas velhas canções.
Porém hoje, em momento de extrema insanidade, eu deparei-me com algo tão engraçado, quando as cores do velho horizonte. Hoje eu sei, que quando você ligar-me assustada ou confusa, amedrontada pela fúnebre e imperdoável madrugada, meu coração involuntariamente far-me-á atender-te; e todas as mágoas que um dia causas-te a esse coração esvair-se-ão e ao teu chamado eu irei correr... Correr ao teu encontro, para proteger-te do monstro chamado... Vida.
Sem palavras. É lindo.
ResponderExcluirAcho que o coração acaba sempre mandando na gente né?
ResponderExcluirMas se for por um minuto a mais feliz, vale a pena..
Adorei o seu texto.. completamente lindo! O final é simplesmente ótimo! =)
#verdade!
bjoo
simplesmente perfeito ! quero lhe fazer uma pergunta .. o que te levou a escrever esse texto ? responda se quiser, claro. um abraço .
ResponderExcluirwww.lugardistante.blogspot.com
Olá. Primeiramente obrigado pela visita.
ExcluirA ideia surgiu depois de uma discussão. Uma briga que eu achei que mudaria alguns sentimentos. Mas, lá no fundo, percebi que aquilo que sinto tornou-se imutável.