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21 de mai. de 2010

relatos de uma adolescente - parte 4.

Menti, menti todas as vezes que disse que estava bem, quando o que realmente queria dizer é que estavam se virando contra mim e que não queria ocupar um lugar nesse mundo egoísta, menti para mim mesma quando acreditei que não ia conseguir superar a falta, minhas escolhas me fazem perceber que estou no caminho certo, é como arrancar a perna de um louva deus, ele ainda vai sobreviver, vai ter que se conformar, tentar ser feliz, pois ainda restaram três pernas que não os deixarão cair, apenas aprendi que minhas dores não vão te incomodar, vivo a espera de algo que mude minha vida. odeio minhas promessas, minha estima me deprime, não faço questão de estar com pessoas, estar só é apenas saber que não vou me decepcionar, você pode sentir minha alma? não, você não pode, não pode sentir minhas dores e nem minhas culpas, elas são inconfessáveis e vivem no meu interior, vivem nas noites que não consigo fechar meus olhos, menti quando disse que não me importava com você e sobre seus sentimentos, menti ao dizer que estava bem ao te ver sofrer, hoje não queria ressaca moral, mais é mais forte, é como pensar que tudo que eu acreditava esteja se tornando mentiras e que todas as portas que estavam abertas em dias de sol se fecharam quando a chuva chegou, não sou de ferro e tenho coração por mais que as vezes deseje acabar com ele. 

2 comentários:

  1. eu sei exatamente como é isso:
    "o tempo que eu odiava tudo sem saber que aquilo não era ódio era apenas o que era ser feliz sem saber"
    exatamente...
    mas acho que foi interessante passar por isso. me fez amadurecer, e acredito que com você, então, também deve ter sido igual. talvez hoje eu não soubesse lidar com a liberdade...

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  2. e sobre o texto,
    k!

    dói, sempre dói. e até hoje eu nunca consegu achar rsposta para a pergunta: vale a pena não sentir nada? é melhor realmente deixar de sentir qualquer emoção qu seja?

    lindo texto...

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