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3 de mai. de 2010

não.

O frio da manhã congela meus dedos enquanto eu tento escrever um texto em folhas simples, frases prontas correm em minha mente, músicas paralelas me rodeiam, espero o sol nascer, mais talvez ele não queira me ver, hoje não vou falar da noite, que é uma pequena brecha para me entregar a escuridão e a solidão, nem das tardes que passo relembrando o passado, olhando fotos, cartas, e caindo, me entregando a dor, a dor de não saber o que há por vir, não que eu me preocupe com isso, não tenho medo da morte, nem das coisas erradas que faço, só não quero que as coisas mudem e me joguem ao chão, como todas as minhas decepções. Procuro não demonstrar meu afeto, não quero que haja outra tempestade, tenho medo de não resistir, não conseguir me levantar, não quero ficar guardando minhas angustias, não tenho forças para falar, algo me impede, vai me corroendo, o sol ainda não nasceu, espero olhando o fim daquela madrugada fria, mais sei que hoje ele não vai nascer, não importa o que digam, que previsões forem marcados, ele vai se apagar como minha dor passará despercebida. 

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